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Luz da tarde

A simbiose do homem com a máquina

 

Durante boa parte de sua infância, o diretor de Fotografia Fabio Fantauzzi (que nasceu em fevereiro de 1984) passava os dias lendo as críticas de cinema de seu pai, Ricardo Largman, e os press-books de grandes produções hollywoodianas traduzidos por sua mãe, Rossana Pasquale Fantauzzi Largman. Aos 17 anos, a enorme curiosidade de conhecer – e, se possível, participar de – todo o processo de realização de um filme parecia algo previsível. E inevitável.

 

No seu 18º aniversário, após algumas experiências amadoras, Fabio teve a oportunidade de fazer parte, pela primeira vez, de uma equipe cinematográfica profissional. Foi na produção do Filme “O Carro-Forte”, do diretor Mario Diamante. E logo percebeu que o mosquitinho do audiovisual tinha-o mordido.

 

No período da faculdade (de Publicidade e Propaganda), atuou como terceiro, segundo e primeiro assistente de câmera em diversos trabalhos e para diferentes emissoras de TV, abertas e fechadas, e também como cinegrafista em pequenos projetos pessoais. Neste mesmo tempo, concluiu cursos técnicos de Fotografia no Atelier da Imagem, Edição em Avid e Videoarte Avançado, além de Câmera Cinematográfica, este na Academia Internacional de Cinema.

 

No ano de sua formatura (2009), diante da crescente quantidade de “freelas” que surgiam, Fabio Fantauzzi e dois sócios resolveram abrir uma produtora com foco em trabalhos corporativos-institucionais para grandes empresas brasileiras e internacionais; eles fizeram parte da equipe de idealizadores do primeiro seriado de ficção para o Canal Brasil, “Amorais”, de/com Fernando Ceylão.

 

Dois anos depois, descobriu que sua paixão maior era mesmo a Fotografia – que estava sendo gradualmente anulada por questões burocráticas, típicas de um sócio de uma produtora em franca expansão. Já (ou ainda) nos seus 23 anos, desligado da antiga produtora, compreendeu que era preciso dar um passo atrás, (re)aprender mais sobre luz, enquadramento, técnica de novos e diferentes tipos de câmeras. Com humildade, procurou as maiores franquias de iluminação e equipamentos cinematográficos para trabalhar como assistente de alguns dos mais experientes e respeitados diretores de Fotografia do mercado – além de se formar no curso aprofundado de Direção de Fotografia da Naymar, ministrado por um dos maiores fotógrafos de cinema e publicidade do País, o lendário Lucio Kodato .

 

Ao mesmo tempo, passou a se dedicar ao trabalho de repórter cinematográfico para emissoras abertas e fechadas de TV do Brasil e do exterior: Globo, SBT, Band, Rede Brasil, Multishow, GNT, + Globosat, SporTV, ESPN Brasil, Fox Sports Latin America, trueTV, BandSports, Time-Warner/Turner Broadcasting, Nickelodeon, Discovery Channel... A lista é grande. A combinação desse aprendizado “on the going” fez com que, aos 25 anos, Fabio Fantauzzi recebesse o aval de seus mestres para assinar seus trabalhos como diretor de Fotografia para TV e cinema.

 

Depois de assinar séries das TVs aberta e fechada, percebeu que não haviam muitos profissionais da área com algumas de suas, digamos, “habilidades extremas”. Criou, desenvolveu e se especializou na vertente – até então inexistente no mercado brasileiro – de “câmera de risco”, indo aonde, quase sempre, a maioria dos câmeras não vão.

 

Detalhe: mesmo nesses casos extremos, ele faz questão de deixar em evidência a sua sensibilidade artística, adquiridas com muito treino de um de seus mestres, Batman Zavareze, que a tempos o vem supervisionando com um raro olho clinico de novas estéticas visuais, sem esquecer do longo tempo investido nos seus estudos de videoarte: uma estética visual de indiscutível bom gosto na qual explora – de forma natural – sua facilidade de movimentação corporal com a câmera na mão. Uma relação simbiótica entre o homem e a máquina.

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